26 de Mai // | Brasil
Quem passava pela Rodovia Presidente Dutra, na Baixada Fluminense, na sexta (25), ainda conseguia ver a aglomeração de caminhões parados. Centenas de caminhoneiros enfrentam a fome e o frio desde segunda (21) para manter a greve, contrariando o anúncio do presidente Temer, de que a classe e governo teriam feito um acordo que finalizaria o protesto.
Na luta, muitos caminhoneiros disseram que têm recebido a ajuda dos patrões com dinheiro, comida e envio de reforços para rendição. "Se não fosse o apoio do patrão, poucos estariam aqui", disse Evandro. As quentinhas de comida, quando chegam no local onde estão reunidos, são vendidas por R$ 10 e disputadas entre os motoristas.
Muitos contam que precisam da boa vontade de moradores do local para se alimentarem. Na tarde de sexta, segundo um grupo de caminhoneiros, quem os ajudou a "tirar a barriga da miséria" foram criminosos que atuam na região. "Até os milicianos trouxeram pão com mortadela pra ajudar a gente. Foi a minha sorte, porque não consegui comprar comida porque meu dinheiro acabou", contou Roberto, caminhoneiro há 42 anos segun