A Comissão de Constituição e Justiça deve barrar o recurso apresentado pelo presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para anular o processo de cassação no Conselho de Ética. De acordo com a Folha de S. Paulo, apesar da intensa movimentação de aliados do parlamentar na Casa e no Palácio do Planalto, a tendência é de que o colegiado rejeite o pedido de anulação, principalmente após a Polícia Federal apontar novos indícios de desvios feitos pelo peemedebista.
Na operação deflagrada na última sexta (1º), Cunha foi apontado novamente como suspeito, desta vez por envolvimento em um esquema de desvios de recursos do FGTS. Nas últimas semanas, o presidente afastado havia intensificado os encontros para captar auxílios, o que incluiu uma reunião com o presidente interino Michel Temer (PMDB). O PSDB, por exemplo, teria sido pressionado a garantir os sete votos favoráveis a Cunha na CCJ – de acordo com a Folha, a cúpula tucana teme que uma eventual delação do peemedebista possa afetar integrantes do partido.
Porém, os integrantes do PSDB na CCJ não parecem dispostos a apoiar o parlamentar, o que exigiria que a legenda trocasse todos os integrantes da comissão, alternativa considerada improvável. Caso o recurso seja barrado pela CCJ, o processo de cassação de Cunha vai para o plenário, o que deve acontecer até o início de agosto. E pela avaliação dos deputados até o momento, ele deve ser cassado com folga. (BahiaNoticias||||||||)
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