Drauzio VarellaFolha
Como é cautelosa a Justiça brasileira. Dá orgulho na gente. Garante o direito de defesa em tal medida que o acusado com bons advogados permanece em liberdade durante anos. São tantos os recursos jurídicos que o cidadão muitas vezes morre antes de a sentença transitar em julgado.
Assaltantes enriquecidos com verbas públicas depositadas na Suíça e em outros paraísos que asseguram o bem-estar de seus cidadãos graças à receptação de dinheiro roubado podem se livrar da cadeia com a maior facilidade.
Organizados em quadrilhas, esses meliantes são considerados inocentes até que alguém prove o contrário. Não é bonito? Não importa se as investigações descobriram milhões de dólares em contas secretas; não vem ao caso se moram em residências nababescas, guardam na garagem carros importados a peso de ouro, tomam vinhos que custam os olhos da cara ou se hospedam no Ritz de Paris com o salário de servidores públicos.
É SÓ MALFEITO – A preocupação obsessiva com eventuais erros judiciários coloca à disposição desses criminosos um arsenal de ferramentas que lhes dá acesso imediato a habeas corpus, tornozeleiras eletrônicas, prisão domiciliar em mansões, delações premiadas e ao foro privilegiado, o sonho de todo bandido. Para eles, a ladroagem mais descarada recebe o nome de “malfeito”.
Informações Tribuna da Internet
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