Na quinta-feira passada, dia 30 de junho, a jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu pela primeira vez a intimação da Justiça Federal informando que ela é ré perante o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, e que tem dez dias para se manifestar sobre a acusação de que teria evadido dinheiro e lavado US$ 1 milhão provenientes de crimes praticados por Cunha no esquema de corrupção na Petrobras.
A Justiça localizou Cláudia Cruz às 19h20 na residência oficial da presidência da Câmara, para onde ela havia se mudado e de onde deve sair em breve após seu marido anunciar na tarde desta quinta-feira sua renúncia à presidência da Casa. Esta foi a terceira tentativa da Justiça de localizar Cláudia, já que em outras duas ocasiões ela não foi localizada na residência do casal no Rio de Janeiro.
Afastado do cargo por uma decisão inédita do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 5 de maio e réu em duas ações penais da Lava Jato na Corte, o peemedebista segue com seu mandato de deputado federal até que a Câmara decida sobre seu processo de cassação - que estava para ir a votação no plenário mas ainda terá que aguardar a definição da Comissão de Constituição e Justiça sobre um recurso do deputado.
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