segunda-feira, março 17

Obras de mobilidade prometidas para a Copa do Mundo viram só lendas urbanas no Brasil

Foi em 2007 que a Fifa definiu o Brasil como país sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Hoje, sete anos depois e à beira do evento, o que se vê pelo país são protestos, obras atrasadas, superfaturamento e um legado prometido que não saiu do papel.

Quando uma nação se compromete com grandes eventos esportivos, como a Copa ou Olimpíada, existem diversos fatores econômicos envolvidos nisso. São necessárias mudanças estruturais e uma das principais justificativas para a candidatura é a possibilidade de movimentar consideravelmente a economia e trazer melhorias diretas à população. Na teoria isso funciona bem, no entanto, nem sempre a prática corresponde ao esperado.

Um dos pontos mais destacados pelo Brasil após ser escolhido como país-sede foi o legado que o evento poderia deixar, principalmente em termos de transporte público, criação de empregos e melhorias nos aeroportos. Os projetos foram muitos, mas as obras não condizem com o esperado.
Rodrigo Prada é jornalista e diretor do Portal 2014, um espaço utilizado para mostrar a realidade na preparação para a Copa. Na última semana ele comparou o último mundial de futebol sediado na África do Sul ao brasileiro. Em quatro de maio o Brasil estava a cem dias da Copa, e segundo Prada, “sem legado”. Os “elefantes brancos” vistos no continente africano também podem dar as caras no Brasil.
Um trem bala que ligaria a cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro era um dos projetos mais comentados no início da preparação. A estrutura poderia substituir boa parte dos voos diários que ligam as cidades. Mas, antes mesmo de ter início, o projeto foi cancelado.

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