A agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciou nesta segunda-feira o rebaixamento da nota da economia brasileira, de BBB para BBB-, refletindo "uma combinação de deslize fiscal, (...) baixo crescimento nos próximos anos, habilidade limitada em ajudar as políticas por conta da eleição presidencial e algum enfraquecimento nas contas externas do Brasil".
A nota ainda mantém o Brasil com o "grau de investimento" (chancela dada por agências de risco a países considerados seguros para investidores). Mas um eventual novo rebaixamento significaria a perda desse grau na avaliação da S&P. O país está, portanto, no limite.
o anúncio da S&P não causou surpresa nos mercados, já que, em junho do ano passado, a S&P já havia indicado que poderia cortar a nota de crédito do Brasil em decorrência do crescimento fraco e dos gastos do governo.Por enquanto, a perspectiva dada pela agência é "estável", o que indica que essa eventual redução futura não ocorrerá nos próximos meses.
Segundo o economista André Pereira Perfeito, do Gradual Investimentos, o mercado já estava levando em conta a medida da S&P no preço dos ativos sendo negociados. "No entanto, podemos esperar certa realocação em alguns mercados na manhã de amanhã (terça), em especial (no valor do) dólar e de juros", afirmou.
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