Prestes a terminar um dos verões mais secos da história em São Paulo, o Estado adiantou um projeto previsto para 2020 para evitar problemas no fornecimento da água na capital e região metropolitana. A interligação dos reservatórios de Atibainha (pertencente ao Sistema Cantareira, que chegou ao nível mais baixo já registrado: 14,7%) com a represa de Jaguari (que armazena água do rio Paraíba do Sul, no Vale do Paraíba) é apontada como uma das possibilidades para que SP não sofra nos próximos anos em épocas de estiagem.
O rio abastece algumas cidades do Vale do Paraíba, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Em 2011, o Ministério Público Federal em Campos (RJ), recomendou que o projeto não fosse realizado sem ser discutido com todas as regiões afetadas. Na quarta-feira (19), o diretor de tecnologia, empreendimentos e meio ambiente da Sabesp, João Paulo Tavares Papa, disse que o volume de água enviado ao Rio de Janeiro é “excedente”.
— Esse volume que o Rio de Janeiro recebe é o volume excedente e gera energia no RJ, abastece várias cidades e ainda sobra água para chegar à região de Campos. Não é justo para São Paulo fornecer água em excesso, que nem o Rio de Janeiro utiliza para consumo nem para geração [de energia], e sofrermos aqui algum tipo de risco com abastecimento.
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