quinta-feira, março 20

Água necessária para evitar risco de racionamento em SP sobra no Rio, diz Sabesp

Máquinas trabalham na represa de Nazaré Paulista, que faz parte do Sistema Cantareira, para que a água desça com mais agilidadeGutemberg Gonçalves/Futura Press/Estadão Conteúdo
Prestes a terminar um dos verões mais secos da história em São Paulo, o Estado adiantou um projeto previsto para 2020 para evitar problemas no fornecimento da água na capital e região metropolitana. A interligação dos reservatórios de Atibainha (pertencente ao Sistema Cantareira, que chegou ao nível mais baixo já registrado: 14,7%) com a represa de Jaguari (que armazena água do rio Paraíba do Sul, no Vale do Paraíba) é apontada como uma das possibilidades para que SP não sofra nos próximos anos em épocas de estiagem.
O rio abastece algumas cidades do Vale do Paraíba, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Em 2011, o Ministério Público Federal em Campos (RJ), recomendou que o projeto não fosse realizado sem ser discutido com todas as regiões afetadas. Na quarta-feira (19), o diretor de tecnologia, empreendimentos e meio ambiente da Sabesp, João Paulo Tavares Papa, disse que o volume de água enviado ao Rio de Janeiro é “excedente”.
— Esse volume que o Rio de Janeiro recebe é o volume excedente e gera energia no RJ, abastece várias cidades e ainda sobra água para chegar à região de Campos. Não é justo para São Paulo fornecer água em excesso, que nem o Rio de Janeiro utiliza para consumo nem para geração [de energia], e sofrermos aqui algum tipo de risco com abastecimento.

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