| Política
Operador financeiro dos esquemas de corrupção do ex-deputado Eduardo Cunha e do chamado “PMDB da Câmara”, o doleiro Lúcio Funaro revela em detalhes, no acordo de delação, como funcionava a entrega de malas de propina para o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.
Na edição que começou a circular nesta sexta-feira, a revista Veja revela com exclusividade os principais trechos do roteiro apresentado pelo doleiro no acordo. Segundo Funaro, em apenas dois anos, 2014 e 2015, Geddel recebeu 11,4 milhões de reais em dinheiro vivo divididos em 11 entregas operadas pelo doleiro.
Os pacotes de dinheiro eram levados em um jato particular e entregue ao próprio ex-ministro em um hangar privado do Aeroporto Internacional de Salvador. Funaro também cita entregas em hotéis de São Paulo e da capital baiana. Ele diz ter entregue propina até na festa de 15 anos da filha de Geddel. “Ao descer do avião (com a mala de dinheiro), era indagado por Geddel a respeito da quantia que estava sendo entregue. Geddel demonstrava naturalidade ao receber os valores”, diz Funaro.
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