quinta-feira, abril 26

Palocci assina delação com Polícia Federal; Lula e Dilma são implicados

Após meses de negociação, o ex-ministro Antonio Palocci firmou um acordo de delação premiada com a PF. Com o avanço do processo nos últimos dias, os investigadores fixaram as bases dos benefícios que serão concedidos a Palocci e concluíram a fase de depoimentos. A colaboração, no entanto, ainda não foi homologada pela Justiça.
Além de ministro da Fazenda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministro da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff (PT), Palocci é um dos fundadores do PT e foi prefeito de Ribeirão Preto. Em junho do ano passado, ele foi condenado a 12 anos, dois meses e 20 dias de prisão.
Palocci é acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato. De acordo com a publicação, as informações e os documentos apresentados por ele têm força suficiente para provocar a abertura de novos inquéritos, operações e prisões. O ex-ministro deve detalhar os casos de corrupção nos quais esteve envolvido, novamente expondo. Em depoimento a Moro, em 2017, ele já havia dito que o ex-presidente firmou um "pacto de sangue".
Esse pacto de sangue seria com o empresário Emílio Odebrecht para citar a relação entre os dois. Segundo a matéria, ele também implicou Dilma, afirmando que, além de ter conhecimento da corrupção no PT, ela foi beneficiária dos acordos ilícitos. Antes de assinar um acordo com a PF, o petista tentou negociar com o Ministério Público Federal (MPF), mas as tratativas não lograram êxito.

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