A falta de policiamento no Espírito Santo causou uma onda de assaltos, arrastões e tiroteios no estado desde o fim de semana, o que levou os capixabas a evitarem sair às ruas na segunda-feira. Lojas foram arrombadas na Grande Vitória, mas não há balanço da Secretaria de Segurança Pública. Superlotado após a alta de mortes, o Departamento Médico Legal (DML) da capital foi fechado na segunda-feira, por orientação da Polícia Civil.
Eram quase 30 corpos no departamento, que tem só 12 gavetas frigoríficas, segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Espírito Santo (Sindepes). “Parecia campo de guerra da Síria”, disse Rodolfo Laterza, presidente da entidade. “Havia 16 cadáveres no chão.”
O metalúrgico Prisleno Cesário Alves, de 27 anos, soube da morte do irmão Cleiton, de 34, quando recebeu uma foto pelo WhatsApp – imagens das vítimas dos crimes e vídeos de ataques a lojas têm circulado nas redes sociais. “Reconheci pelo rosto e pela tatuagem no braço”, contou Prisleno, que chegou ao DML na segunda-feira, à noite. Segundo ele, o irmão era foragido da Justiça e pode ter sido vítima de uma emboscada.
Os olhos marejados da comerciante Tânia Regina Campos Chagas, de 49 anos, resumiam a tristeza de quem dali a alguns minutos iria reconhecer o corpo do filho Talisson, de 23 anos. “Ele estava envolvido com droga”, contou. “Acho que foi morto por uma gangue rival.” (Veja)
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