O jornalista Rafael Henzel, um dos seis únicos sobreviventes do voo que levava a equipe da Chapecoense e caiu na Colômbia no último dia 29, afirma que os passageiros não fora avisados sobre o iminente choque do com o solo até que o acidente de fato ocorreu. “Em nenhum segundo alguém da cabine ou um comissário disse ‘coloquem os cintos porque há risco disso ou daquilo'”, afirmou Henzel em entrevista ao programa ‘Fantástico’, da Globo, exibido neste domingo.
“Toda vez que perguntávamos ‘quanto tempo falta?’, sempre respondiam os comissários: ‘dez minutos, mais dez minutos, mais dez minutos’, relatou. “De repente, simplesmente desligaram as luzes do avião. Desligaram os motores. E aí todo mundo voltou pro seu assento e colocou o cinto de segurança. Na hora que isso aconteceu, causou um certo temor. Mas ninguém imaginaria que a gente bateria naquele morro.”
Segundo Henzel, ele percebeu que algo pior poderia ocorrer por causa da aflição de dois dos tripulantes – a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de voo Erwin Tumiri, que são também dois dos sobreviventes da tragédia. “Eu reparei que houve uma aflição muito grande por parte da comissária que sobreviveu”, disse. “Mas não houve gritaria. Foi um silêncio estarrecedor.”
O jornalista foi o penúltimo sobrevivente a ser resgatado. Ele e três atletas da Chapecoense – o goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel e o zagueiro Neto – estão em recuperação no Hospital San Vicente Fundación, em Medellin. Os brasileiros se preparam para retornar ao Brasil nesta semana. Veja
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