Pesquisas publicadas nesta semana na revista Nature demonstraram como os mecanismos usados por células tumorais da mama se espalham para outros órgãos, mesmo em uma fase inicial da doença. Cientistas já sabiam que, em 5% dos casos, a metástase acontece mesmo antes de o câncer de mama se formar.
De acordo com pesquisadores da Escola de Medicina Icahn, no Monte Sinai, e da Universidade de Ratisbona, na Alemanha, nesses casos as células da mama circulam pela corrente sanguínea e podem ficar "adormecidas" em outro órgão por um longo período. Anos mais tarde, as células podem ser "acordadas". A dissiminação precoce das células cancerígenas da mama estão relacionadas ao processo natural de ramificação dos ductos do leite materno.
"Biologicamente, este novo modelo para a metástase precoce desafia tudo o que pensávamos saber sobre como o câncer se espalha", afirmou Julio Aguirre-Ghiso, professor de Hematologia e Oncologia Médica da Escola de Medicina Icahn e um dos autores do estudo. Os cientistas apontaram ainda que as células que migram precocemente têm maior potencial para formar metástases do que aquelas originárias de tumores avançados.
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