Além das denúncias de policiais militares que exercem outra função na Assembleia Legislativa da Bahia, sendo pagos com dinheiro público, revelada por servidores da PM que atuaram na Casa, outras situações relacionadas expõem irregularidades no quadro corporativo do Parlamento Estadual. Documentações enviadas à Tribuna mostram que pelo menos 14 policiais em desvio de função receberam diárias fixas sem trabalhar na Assistência Militar e sem realizar viagens. Na relação são especificados os nomes, a categoria funcional, o cadastro, o destino, a quantidade de diárias, o valor unitário e o total a ser pago.
Entre janeiro e agosto de 2012 teriam sido pagos pela Casa R$177.320,00 em diárias aos policiais em desvio de função, ou seja, que trabalham em setores, como administrativo, gabinetes, como segurança particular e no Canal Assembleia. Na lista que mostra o total de diárias pagas, o servidor, coronel Yuri Pierre Sampaio Lopes, inicialmente apontado como chefe de gabinete do presidente da Casa, Marcelo Nilo (PDT), mas que, segundo justificativa do dirigente, comandaria a Assistência Militar, aparece com o maior número de gratificações, ganhando sete em um mês, que totalizam R$1.400. Na tabela é omitida a cidade, o que, de acordo com os denunciantes, configuraria o disfarce. No destino daqueles que recebem sem botar o pé na estrada, consta apenas a palavra “interior”. As informações foram confirmadas pelo Observatório da Cidadania, Ong que debate as condições de trabalho dos policiais no Estado. “Tal situação é um grave crime contra o erário público. Paga-se diárias a PMs usados em outras funções”, diz um policial que não quis se identificar.
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