A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) protocolou nesta quinta-feira o pedido de impeachment do presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. Com base em informações da delação dos executivos da JBS, a OAB entendeu que Temer cometeu crime de responsabilidade e, por isso, deve ser condenado à perda do mandato e se tornar inelegível por um período de oito anos.
O principal argumento da entidade é o de que o presidente incorreu no crime de omissão ao ouvir – sem tomar nenhuma atitude – o dono da JBS, Joesley Batista, dizer que estava comprando juízes e um procurador e pagando pelo silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro. A conversa foi gravada por Joesley em um encontro fora da agenda oficial com Temer no Palácio do Jaburu, na noite do dia 7 de março.
Apesar do novo pedido de impeachment – o 17º contra Temer e o 12º desde que vieram a público as revelações de Batista em acordo de delação premiada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu indicativos de que pretende arquivar todos os processos. Com isso, ganha força o julgamento marcado para o próximo dia 6 de junho, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai avaliar se cassa ou não o mandato de Temer por abuso de poder econômico e político. (Veja)
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