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Delatores da Odebrecht apontam que a empreiteira abasteceu a conta corrente do PT com R$ 323,5 milhões entre 2009 e 2013. Os valores eram repassados na medida em que interesses da empresa, a exemplo de aprovação de medidas provisórias e obtenção de financiamento, eram atendidos nos governos petistas.
Segundo os investigadores, os repasses foram registrados em uma planilha chamada "Posição Programa Especial Italiano", uma referência ao ex-ministro Antonio Palocci. A planilha, que perdurou ao menos até 2014, teve início, segundo delatores, quando Palocci pediu dinheiro para a campanha municipal do PT em 2008.
O herdeiro do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht, respondeu que descontaria esse valor do total acertado como contribuição da empresa para a eleição presidencial de 2010. Em 2011, de acordo com Marcelo, a gerência da conta Italiano passa para o então ministro da Fazenda, Guido Mantega. O saldo da época foi reabastecido com R$ 127 milhões para financiar a campanha de Dilma em 2014, e a conta passou a se chamar Pós-Itália.
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