Gildásio Cavalcante | Economia
De acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o estoque da dívida ativa previdenciária chegou a R$ 427,73 bilhões no fim do ano passado. Três das cinco maiores devedoras estão falidas, conforme o acompanhamento do órgão: Varig (R$ 3,7 bilhões), Vasp (R$ 1,7 bilhão) e Bancesa, banco cearense quebrado em 2004 (R$ 1,4 bilhão). Das duas que estão em operação, uma é a JBS, segunda maior empresa de alimentos do mundo, com dívida de R$ 1,84 bilhão e também uma das principais investigadas na Operação Carne Fraca, que apura fraudes no setor.
A outra é a Associação Educacional Luterana do Brasil (Aelbra), mantenedora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que recentemente enfrentou problemas financeiros e de gestão. Conforme o jornal o Estado de São Paulo, a elevada dívida previdenciária é tida como privilégio pelos parlamentares que não querem votar na reforma da Previdência e que acusam o governo de não atacar a raiz do problema.
Na lista de inadimplentes estão empresas ligadas ao poder público, como a Caixa Econômica Federal, com débito de R$ 549,5 milhões; os Correios, com dívida de R$ 378 milhões; e o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs), que cuida das aposentadorias dos servidores gaúchos. A dívida do Ipergs com o INSS é de R$ 395,5 milhões. (Infosaj)
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