quarta-feira, março 29

Lava Jato: doleiro cobrava da OAS o percentual de 3% sobre repasses de dinheiro

Infosaj | Política
Mais notável operador nos primeiros anos da Lava Jato, Alberto Youssef tinha funcionários destacados para entregas de dinheiro "em todo o Brasil". Ele disse que fazia o caixa dois de empreiteiras e costuma descrever entregas de dinheiro vivo sem especificar se eram pagamentos para campanha ou não. 
Um dos funcionários, o policial Jayme Alves de Oliveira, chamado de Jayme Careca, se tornou conhecido na primeira "lista de Janot" devido a uma planilha de pagamentos chamada "Transcareca". Jayme afirmou em depoimento que ganhava de R$ 1.000 a R$ 1.500 por entrega feita. Youssef disse que cobrava da empreiteira OAS o percentual de 3% sobre o valor dos depósitos feitos. 
Ele chegou a afirmar à Justiça que providenciava entregas em "quaisquer lugares" do país que fossem determinados, quando trabalhou com a OAS. A origem dos recursos, afirmou, eram contratos fraudulentos de consultoria firmados com empresas suas pelas construtoras. O doleiro descreveu ainda triangulações no exterior para que os recursos de caixa dois fossem disponibilizados no Brasil. 

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