Com 7 milhões de trabalhadoras, as empregadas domésticas constituem o maior contingente da mão de obra feminina no país. Na Bahia, elas são 500 mil e, em Salvador e região metropolitana alcançam 150 mil profissionais. As informações são da diretora do Sindicato das Domésticas, Cleuza Maria de Jesus Santos.
Ela revelou que, do total das domésticas no estado, “cerca de 70% não têm ainda a carteira assinada”. O quadro de sindicalização também permanece reduzido. Das 5 mil associadas, isto é, 1% da categoria, na Bahia, menos de 100 contribuem com 1% do salário mínimo para a entidade representativa.
O Nordeste concentraria o maior número das domésticas no país, segundo Cleusa. Na região, a situação é apontada por ela como “ainda mais complicada, na medida em que trabalham mais de 8 horas, dormem no local de trabalho e percebem menos de um salário mínimo ao mês”.
Pendente de sanção presidencial, após aprovação no Congresso, a regulamentação das normas, conforme a dirigente sindical, “apesar do grande avanço no reconhecimento de direitos, ainda há muito a ser conquistado”. Cleuza menciona as “questões das horas extras (que não é feita de comum acordo entre as partes); do recolhimento dos 40% que, nas situações de demissões por justa causa, retornam aos empregadores; o seguro desemprego, que só é pago por três meses, diferente de outros trabalhadores que o percebem pelo dobro desse período”.
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