No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, dados continuam assustando a sociedade. A Bahia é o segundo estado com mais registros de violência sexual contra crianças. Foram 1.998 denúncias, ficando atrás de São Paulo, que registrou 3.358 casos. Apenas no ano de 2014 foram registradas 24.575 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Desses casos, 19.165 foram de abuso e 5.410 de exploração sexual infantil.
De 2013 a 2015, o estado baiano registrou 39% a menos de ocorrência, o que significa um retrocesso para o coordenador geral do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca/Bahia), Waldemar Oliveira. Para ele, o motivo da queda é a desmotivação pela incapacidade de resolução dos casos. “Nosso sistema de apuração não tem capacidade para levar os casos até o final. Acaba caindo o número de denúncias porque frustra denunciar e não ver a punição. O sistema não tem dado resultados concretos”, expli
Oliveira cobra mais estruturação da Polícia Civil, delegacias especializadas e políticas públicas de Educação, além da capacitação profissional. Dos casos registrados, segundo o coordenador, a renda familiar precária é um dos motivos que levam meninas à prostituição. “Se o governo se debruçasse em políticas púbicas que garantam que o jovem se mantenha na escola, depois tenha capacitação profissional, vamos diminuir esses dados. Falta decisão política e recursos”, defende. Ele ainda ressalta a necessidade de uma bolsa-auxílio para manter as jovens na escola.
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