Os rejeitos de minério de ferro da barragem da Samarco que se rompeu em Mariana provocaram prejuízos de 1,2 bilhão de reais ao Estado de Minas Gerais e aos 35 municípios banhados pelo Rio Doce, coberto pela lama. O valor consta de relatório divulgado nesta quinta-feira pela força-tarefa montada pelo governo mineiro para apurar prejuízos causados pela tragédia e será cobrado da Samarco, que pertence à Vale e à australiana BHP Billiton. O montante não inclui danos ambientais e o pagamento de indenização a famílias.
Conforme o relatório, 320.000 pessoas foram atingidas pela tragédia, que teve 17 mortes confirmadas. Duas pessoas ainda estão desaparecidas. Amanhã, completam-se três meses do desabamento da represa, que vem sendo investigado por Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual.
O levantamento do governo do Estado levou em consideração dados entre as cidades de Mariana e Aimorés, na divisa com o Espírito Santo, onde o Rio Doce deságua. Na conta estão incluídas a reconstrução do distrito de Bento Rodrigues, destruído pela lama, a recuperação de estradas e gastos com saneamento e saúde pública feitos pelo Estado e municípios, além da paralisação de atividades comerciais, industriais e agropecuárias pela iniciativa privada. "É um valor inicial. Sempre teremos recortes semanais e mensais em que aparecerão novos gastos. O ponto final está longe de ser alcançado", afirmou o secretário estadual de Desenvolvimento Regional Política Urbana e Gestão Metropolitana, Tadeu Martins Leite.
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