O Brasil deve fechar 2017 com a inflação no teto da meta oficial, segundo pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta quarta-feira. O levantamento, realizado semanalmente pelo BC com uma centena de economistas, mostrou ainda pioras nas expectativas de preços para este ano também diante da postura mais moderada da política monetária do Banco Central.
Para o próximo ano, a alta do IPCA deve ser de 6%, exatamente no limite máximo estabelecido pelo governo, de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. No Focus da semana anterior, a elevação esperada era de 5,80%.
Para 2016, o cenário de inflação também piorou, com alta do IPCA de 7,56% - a previsão anterior era de 7,26%. Nesse caso, se confirmado, o BC não terá cumprido a meta, de 4,5%, com tolerância de 2 pontos.
O levantamento também mostrou que, mesmo com a pressão cada vez maior das expectativas inflacionárias, as projeções são de que a Selic será mantida neste ano em 14,25%. E, para 2017, elas recuaram a 12,50%. No Focus anterior, a projeção era de 12,75%.
O BC sinalizou que não deve mexer na taxa básica de juros tão cedo diante da fraqueza econômica do país, que enfrenta severa recessão. O cenário para a atividade econômica também continuou em deterioração. A mediana das projeções no Focus apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano recuará 3,21% - a projeção da semana anterior era de 3,01%. É esperada alguma retomada para 2017, porém com expansão de apenas 0,60%. Na pesquisa anterior, os economistas previam avanço de 0,70%.
(Com Reuters)
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