O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, decidiu deixar o governo. Pressionado pelo PT após rumores de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria alvo de quebras de sigilos bancário, telefônico e fiscal no âmbito da Operação Lava Jato, Cardozo se sente injustiçado e revelou a interlocutores a decisão de entregar o cargo.
No último sábado (27), Lula disse ser perseguido pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público (MP) ao participar da festa de 36 anos do partido. "Recebi uma intimação de que, a partir de segunda-feira, vão quebrar meu sigilo bancário, telefônico, fiscal. O meu, da Marisa, do meu neto, se precisar até da minha netinha de um mês", afirmou Lula. "Se esse for o preço que a gente tem que pagar para provar nossa inocência, que façam", ressaltou.
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, durante conversas com amigos no domingo (28), Cardozo não escondeu o seu aborrecimento com os ataques e afirmou que o PT não entende o seu papel quando critica a falta de controle sobre a PF. O ministro disse ainda que a corporação tem autonomia para fazer investigações e ele só pode atuar em caso de violação de direitos.
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