Um laudo da Polícia Federal de 2010 mantido até o momento sob segredo de Justiça concluiu que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não tinha recursos para bancar a pensão alimentícia para a jornalista Mônica Veloso, com quem ele teve uma filha fora do casamento.
As conclusões da PF embasaram denúncia por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso oferecida três anos depois contra o presidente do Senado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Após a liberação do caso pelo ministro Luiz Edson Fachin, na quarta-feira, a denúncia será julgada em breve pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Renan é alvo de outros seis inquéritos na Corte por suposto envolvimento na Operação Lava Jato.
Essa investigação decorreu do escândalo de quase nove anos atrás, revelado por VEJA, em que Renan foi acusado de ter tido despesas pessoais de um relacionamento extraconjugal pagas pela empreiteira Mendes Junior. Em troca de ter recebido recursos da empreiteira para arcar com seus gastos, o senador, segundo a acusação, apresentou emendas que favoreciam a empresa. O escândalo o levou a renunciar à presidência do Senado para não ter o mandato cassado.
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