O CORREIO mostrou nesta quinta (19), com exclusividade, o descaso da antiga gestão do Bahia com as taças dos títulos nacionais de 1959 e 1988. Empoeirados e com pontos de ferrugem, os troféus estavam dentro de um saco de lixo preto em uma sala sem uso no escritório do clube, no Edifício Mundo Plaza.
Ontem à tarde, os objetos que simbolizam as duas estrelas na camisa voltaram para a sala de troféus do Fazendão. A atual diretoria garante que, em breve, “as duas e todo o arsenal de conquistas do Esquadrão de Aço serão guardadas em um novo Memorial do clube, que
A taça das bolinhas e o troféu da Taça Brasil de 1959 de volta ao Fazendão (Foto: Divulgação)
Logo pela manhã, no evento que apresentou os membros da nova diretoria tricolor, o presidente eleito Fernando Schmidt lamentou o que viu no jornal. “É um absoluto descaso com os troféus do clube. Jogados de canto...”.
De acordo com o presidente, o ídolo Bobô, capitão da final de 1988 contra o Internacional, foi o primeiro a entrar em contato após tomar conhecimento da situação. “Bobô me ligou de manhã cedo quase chorando. As taças colocadas no saco de lixo! É um descaso, uma verdadeira falta de respeito com a instituição, os ídolos e os torcedores do Bahia”, acrescentou.
O camisa 8 viu as fotos ontem. “Eu só pedi a ele que, se possível, fizesse uma replicazinha da taça de 59 e entregasse aos campeões vivos ou à família de cada um deles. E de 88 também”, disse Bobô. “É fogo, cara. São pessoas que não têm compromisso com a história do clube. Não respeitam”.
Conforme apurou a reportagem, os troféus foram transportados do Fazendão para o Edifício Mundo Plaza antes do dia 7 de julho, quando o Bahia enfrentou o Corinthians na Fonte Nova.
A intenção do marketing era promover uma exposição no estádio para aproximar a torcida da nova arena. No entanto, o evento não aconteceu e as taças não voltaram ao Fazendão.
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