segunda-feira, novembro 30

Pagar dívidas é o melhor uso para o 13º, dizem especialistas

Funcionário inspeciona notas de 100 reais recém impressas na Casa da Moeda, no Rio de Janeiro
Pagamento do 13º deve injetar na economia brasileira aproximadamente R$ 173 bilhões até dezembro e beneficiar 84,4 milhões de brasileiros
Habitualmente, os consultores financeiros recomendam que os trabalhadores guardem parte do décimo-terceiro salário para pagar as despesas que surgem no início do ano seguinte, como as com material escolar e IPVA dos veículos. Mas, em 2015, o cenário não é habitual. O aumento do desemprego tem puxado para cima o endividamento das famílias, como atestou pesquisa recente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), segundo a qual três de cada quatro trabalhadores pretendem usar a remuneração extra para pagar dívidas.
Como o mais provável é que sobre pouco (ou nenhum) dinheiro para seguir as dicas recorrentes dos oráculos financeiros, qual a melhor opção? "Pague as dívidas, e primeiro as que têm juros mais altos", diz Mauro Calil, especialista em investimentos do Banco Ourinvest. "Nessas situações. não adianta: temos que ser conservadores."
Em um cenário hipotético em que o trabalhador ganha 2.000 reais por mês e tem dívidas de 1.500 reais no cheque especial e 1.500 reais no cartão de crédito, o aconselhável, diz Calil, é liquidar a dívida que tiver os juros mais altos. "Assim, o ideal é ele quitar a do rotativo do cartão e, com o restante, amortizar os 500 reais do cheque especial", sugere o especialista.
O próximo passo é verificar quais contas chegam nos três primeiros meses do ano, como por exemplo o IPVA, o IPTU, o material escolar e a matrícula da escola e da faculdade. Uma conta básica para saber quanto poupar para essas despesas de início de ano - isso, claro, se houver de onde tirar para poupar: basta acrescentar 15% em relação ao que se gastou com essas mesmas contas no ano anterior, afirma Calil.


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