Em entrevista nesta segunda-feira, Cunha minimizou o esforço do grupo: falou que esses deputados atualmente já obstruem a Casa e que não têm número suficiente para impedir as votações. "A Câmara não vai ficar paralisada", afirmou. "Se quiserem ficar aqui obstruindo o tempo inteiro, significa que a Casa não quer votar, então não vote. Esse é um problema que a Casa vai decidir. Não vou me constranger com essa possibilidade. Vamos continuar votando", continuou o peemedebista.
Na semana passada, Cunha foi alvo de uma rebelião de deputados após ele e seus aliados entrarem em campo para barrar o andamento de seu processo de cassação no Conselho de Ética. A medida ensejou uma série de questionamentos em plenário e ações na Procuradoria-Geral da República pedindo pelo seu afastamento da presidência.
Mesmo pressionado, o peemedebista disse não ver diferença nas iniciativas de seus opositores entre as já colocadas em prática e afirmou que não há crise na Câmara. "Estou vendo a mesma campanha, pelos mesmos adversários, que fazem rodízio para fazer os mesmos discursos, cada hora com uma motivação diferenciada", minimizou.
"Eu fui eleito e o momento da minha eleição acabou. Naquele momento eu tive maioria absoluta sem o PT, sem o PSOL e o PSDB. Se eles estão questionando, podem questionar à vontade. Mas a legitimidade da eleição ninguém pode tirar. Vou continuar exercendo igualzinho o que eu estava exercendo até agora", disse o presidente da Câmara.
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