domingo, abril 19

Corpo de cobrador morto na Ribeira é sepultado em meio a protestos de rodoviários

Enterro levou centenas ao cemitério Campo Santo (Foto: Marina Silva)
No enterro, amigos e colegas cobravam justiça e acusavam as empresas de ônibus de não oferecer segurança aos rodoviários, só se preocupando com o estado dos ônibus. A fila de ônibus na Federação chegou até a Politécnica, da Ufba. Por volta das 19h, uma fila de ônibus parados também eram vistos na avenida Vasco da Gama. Alguns rodoviários na Estação da Lapa também não tinham voltado a circular até por volta das 19h30. Em outros pontos da cidade, os coletivos voltaram a rodar.
Apesar de correntes em redes sociais afirmando que vai haver paralisação de ônibus nesta segunda, o Sindicato dos Rodoviários afirma que o movimento será normal. Segundo Fábio Primo, vice-presidente do sindicato, o que aconteceu hoje foi uma manifestação de luto pela perda do colega e nesta segunda não há previsão de paradas.  "O sindicato descarta qualquer possibilidade de paralisação. Se tiver algo, não será da parte do sindicato", afirma.
No próprio enterro, em meio à comoção, alguns rodoviários falavam que a categoria deveria parar e exigir segurança. Durante o sepultamento, eles cantavam "ô, rodoviário parou, rodoviário parou". O cemitério estava lotado e a filha de Everaldo passou mal durante o enterro.
Fila de ônibus durante enterro (Foto: Marina Silva)
Morte
Everaldo de Oliveira Silva, 62 anos, morreu por volta das 4h deste domingo, após ter 75% do corpo queimado durante um protesto no bairro da Ribeira, no dia 3 de abril. Ele estava internado no Hospital Teresa de Liseux, onde já tinha passado por uma cirurgia para reconstrução da pele. 

Everaldo ficou ferido depois de um grupo invadir um ônibus da Praia Grande e atear fogo ao coletivo. Um jovem de 22 anos também se feriu na ação criminosa.
Fonte de informações: Correio da Bahia

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