quinta-feira, novembro 13

Postura de Dilma em relação ao PT e medo de crise alimentam intriga entre ela e grupo de Lula


Edição do Alerta Total

Luiz Inácio Lula da Silva anda pt da vida com a Presidenta Dilma Rousseff. Os ataques orquestrados por Gilberto Carvalho, Marta Suplicy e até do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, são interpretados como recados indiretos do chefão Lula contra a Presidenta que ajudou a eleger na primeira vez, mas que agora, na visão intrigante dos petistas, estaria emitindo sinais de "independência" em relação ao comando partidário.
Além da sede pessoal de Dilma pelo poder - desejando se descolar dos problemas gerados a ela pela cúpula do PT -, um outro fator indica o descontentamento. Dilma vem recusando palpites de Lula para o ministério. A Presidenta deseja que o segundo mandato tenha a sua marca pessoal de gestão centralizadora - o que não ocorreu no primeiro. Dilma deseja dar ordens e ser obedecida - coisa que teve dificuldades nos últimos quatro anos.

O Presidentro Lula quer emplacar Henrique Meirelles na Fazenda, embora também tenha um acordo de apoio a Nelson Barbosa. Dilma só aceita a indicação de Meirelles, com quem não se dá bem pessoalmente, por desespero ou imposição do sistema financeiro que pode salvá-la ou derrubá-la, dependendo da conjuntura (atualmente, nada favorável a ela, nem econômica e muito menos politicamente).

A maior bomba que Dilma tem de desarmar é o alto risco de ser processada pelo Departamento de Justiça dos EUA e pela Securities and Exchange Comission (órgão regulador do mercado de capitais de lá) por conta dos escândalos na Petrobras, principalmente o caso Pasadena. Como ex-presidente do Conselho de Administração da estatal petrolífera de economia mista, Dilma figura entre os "processáveis", tanto criminal como civilmente.
O Petrolão tem potencial destrutivo para destronar a República Sindicalista do poder. Internamente, Dilma sabe que tem como comprar apoio parlamentar e se blindar no Judiciário. No entanto, se o ataque vem da Justiça dos EUA, ela não tem como se defender. Além disso, pesa o fato imoral de uma chefe de Estado ser processada por outro país - o que pode gerar debates pretensamente "nacionalistas", ao mesmo tempo em que escancara, mais ainda, a impunidade aqui dentro do Brasil para crimes cometidos contra a administração pública.

O negócio agora é esperar para conferir se a intriga entre ela e Lula se transforma em uma briga fatal para ambos, ou se haverá, como de costume, uma acomodação em nome dos interesses do grupo que vai lotear o Palácio do Planalto por pelo menos 16 anos, se nada de errado acontecer no meio do caminho. A autofagia nazicomunopetralha tende a se agravar.


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