segunda-feira, novembro 24

Empresário achacou empresa em nome de diretoria ligada ao PT

Indicado pelo PT, Duque recebia propina enquanto estava no cargo
Indicado pelo PT, Duque recebia propina enquanto estava no cargo
Apareceu mais um personagem do esquema de corrupção da Petrobras, iniciado no governo Lula e desbaratado pela Justiça Federal há oito meses: o presidente da divisão industrial da Galvão Engenharia, Erton Fonseca, que está preso, contou que a empresa pagou propina de R$ 5 milhões a Shinko Nakandakari, preposto de Pedro Barusco, gerente integrante da diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobras, chefiada por Renato Duque, indicado ao cargo pela cúpula do PT e José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil. A informação é de reportagem de Rubens Valente e Mario Cesar Carvalho, da Folha.

A Galvão Engenharia tem provas do pagamento, que serão apresentadas à Justiça. Shinko atuava junto com o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que já fez uma delação premiada e prometeu devolver à União US$ 97 milhões obtidos ilegalmente do esquema. A diretoria de Serviços, indicada pelo PT, ficava com 3% dos valores dos contratos dessa área, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.Erton Fonseca afirmou à Polícia Federal que Shinko desempenhou, em relação aos contratos da diretoria de Serviços sob a gestão de Duque, um papel semelhante ao do doleiro Alberto Youssef nas obras tocadas pela diretoria de Abastecimento da estatal, então chefiada por Paulo Roberto. Em depoimento, o empresário da Galvão disse ter pago propina a empresas do doleiro Youssef. No depoimento, ele conta que o montante chegou a R$ 4 milhões. Segundo ele, houve “pressões” do deputado federal José Janene (PP-PR) –morto em 2010–, de Costa e de Youssef. O dinheiro teria ido para o caixa do PP.
Jornal da Mídia



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