sexta-feira, novembro 14

Mercado especula sobre pressões dos EUA sobre a PwC para não haver maquiagens no balanço da Petrobras


Edição do Alerta Total 
Por Jorge Serrão

Investidores desconfiam que tem uma dedada oculta do Departamento de Justiça dos EUA na insistência da PricewaterhouseCoopers de pedir mais tempo para analisar os relatórios das três comissões internas da Petrobras que apuram os indícios de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e nas obras do Comperj, no Rio, e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, antes de liberar o tão aguardado balanço do terceiro trimestre da empresa. O Tio Sam não quer maquiagens e nem "contabilidades criativas" em demonstrativos assinados por diretores sob suspeita

A postura da PWC indica que vem mesmo chumbo grosso da Justiça e das autoridades regulatórias do mercado de capitais nos EUA. A Petrobras já tinha sido forçada pela PwC para contratar duas empresas independentes — a brasileira Trench, Rossi e Watanabe Advogados e a americana Gibson, Dunn & Crutcher LLP - para apurar as denúncias da colaboração premiada de Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e cia limitada da Lava Jato.

Um grande investidor da Petrobras tem uma interpretação para o "cuidado" da PWC - que já tinha aprovado balanços anteriores, sem o mesmo rigor de agora: "Eu já suspeitava que a PWC estava querendo era mesmo sair da Petrobras quanto pediu o afastamento de Sergio Machado. Na verdade, não querem pagar multa para a SEC onde se tem certeza que tem fraude. Onde já se viu trocar Diretor porque o auditor pediu? Nunca vi. Acontece que a Petrobras acabou afastando mesmo esse Diretor. Agora a PWC teve que admitir que na realidade estava querendo ser trocada para não assinar o balanço!"

A Presidenta Dilma Rousseff está pt da vida e concretamente apavorada com o risco de ser pessoalmente processada nos EUA. Sua amiga Graça Foster, presidente da Petrobras, certamente está completamente sem graça alguma porque a estatal de economia mista foi forçada a comunicar oficialmente que "não arquivará junto à Comissão de Valores Mobiliários – CVM as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 (ITR 3T14) com o relatório de revisão dos seus Auditores Externos, PricewaterhouseCoopers (PwC), no prazo previsto na Instrução CVM 480/09".

A empresa pagará apenas a merreca de R$ 500 como multa diária no atraso da publicação do balanço. O prazo máximo para divulgar o dado trimestral é de 45 dias após o encerramento do trimestre. No entanto, o prejuízo político do problema tem um custo impagável para o governo atolado no Petrolão. O Conselho de Administração da Petrobras promove hoje uma reunião tensa para nada resolver. Pelo menos os conselheiros recebem seus jetons para comprar uns calmantes...
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