A Casa de Saúde do Hospital Ana Nery foi interditada. O pedido foi do Ministério Público da Bahia (MP-BA) que levantou as condições inadequadas do local. O lar de acolhimento abriga a população de rua carente de baixa renda da capital baiana.
Segundo o site G1 Bahia, a ação é assinada pelos promotores Nidalva de Andrade Brito Oliveira, Renata Barros Dacach Assis, Sansulce de Oliveira Lopes Filardi, Ulisses Campos de Araújo e Grace de Menezes Campelo Apolonis, que vistoriaram o local.
"o Município de Salvador deve dar destinação à Casa de Saúde Ana Nery para a finalidade prevista no Decreto de Desapropriação nº 24.008/2013, ou proceder à desapropriação de outros imóveis, ampliando em regime de urgência, a rede de acolhimento temporário com a criação de novas vagas e leitos, que atendam às pessoas em situação de rua", diz um trecho do documento.
Eles solicitam que o município seja obrigado a indenizar os danos morais coletivos causados a todas as pessoas que habitaram a Casa de Saúde Ana Nery, sem condições de moradia, higiene e saúde, decorrentes da ofensa à dignidade da pessoa humana, mediante o recolhimento de R$ 1 milhão ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e ao Fundo de Direitos Difusos.
O prédio onde funciona a Casa pode ser transformado em uma escola de tempo integral, informa a prefeitura.
Maurício Trindade, ex-secretário e responsável pela pasta no período da então desocupação, diz que as pessoas foram retiradas do abrigo por solicitação do próprio MP. “No momento, o que tem lá é o Movimento Sem-Teto. Todos eles estão cadastrados no programa 'Minha Casa, Minha Vida', mas estão esperando ser chamados. Eles alegam que só sairão quando receberem a casa”, explica.
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