Após um ano auxiliando a administração do Hospital Espanhol, a Fundação José Silveira não tem mais convênio com a unidade de saúde. As duas instituições iniciaram a parceria em abril de 2013, ao lado da Real Sociedade de Beneficência Espanhola para dar apoio à superação da crise. Para o diretor institucional da Fundação José Silveira, Carlos Dumet, a Fundação nunca assumiu sozinha a gestão do Hospital, mas trabalhava com auxílio técnico à unidade.
No ano passado, o Hospital Espanhol estava fechando as portas por endividamento e por uma crise sem precedentes. Para reverter esse cenário foi formado um consórcio, integrado pelo Governo do Estado -- com as Secretarias de Saúde e de Administração -- o Desenbahia, o Banco do Nordeste (BNB), a Caixa Econômica Federal e a Fundação José Silveira, que integrou o grupo a Pedido da Real Sociedade. Já em janeiro deste ano, a Caixa Econômica Federal solicitou que o modelo de gestão do Espanhol fosse alterado, para que se firmasse um contrato de gestão profissionalizante.
"Por ser uma entidade filantrópica, os diretores da José Silveira, através do doutor Carlos Dumet, se dirigiram ao Ministério Público para pedir uma orientação. Mas o parecer foi contrário e abortou a possibilidade de uma parceria de gestão profissional do Hospital. Tivemos que abortar a parceria", explicou Demétrio Moreira Garcia, presidente do Hospital Espanhol.
A Fundação tinha o interesse de tomar a frente do Espanhol, mas não foi autorizada pelo Ministério Público a assumir a gestão plena. "Por ser uma fundação, ela é acompanhada por uma curadoria de fundações do Ministério Público. Neste caso, o promotor visualizou que não haveria muita segurança nesta operação, caso assinássemos o contrato de gestão, poderia haver algum tipo de prejuízo ao patrimônio da instituição", afirmou Dumet.
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