sexta-feira, abril 22

Bombeiros interrompem buscas após queda de ciclovia no Rio

Desabamento de parte da recém-inaugurada ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro (RJ), durante uma ressaca no mar de São Conrado, deixa mortos e feridos - 21/04/2016
Desabamento de parte da recém-inaugurada ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro (RJ), durante uma ressaca no mar de São Conrado, deixa mortos e feridos - 21/04/2016(Fernando Frazão/Agência Brasil)
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro interrompeu, por volta das 19h desta quinta-feira, as buscas pela pessoa que segue desaparecida depois da queda de parte da ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, no bairro de São Conrado, Zona Sul da cidade. Militares de dois quartéis e dos grupamentos marítimo e aéreo participavam das buscas, que serão retomadas na manhã de sexta. Dois homens morreram com o desabamento da ciclovia. Uma das vítimas, identificada pelo cunhado, é Eduardo Marinho Albuquerque, de 54 anos. O outro homem tem entre 40 e 50 anos, mas ainda não foi reconhecido.
Uma combinação de fatores levou ao desabamento de cerca de 50 metros da ciclovia, construída ao custo de 44,7 milhões de reais e inaugurada em janeiro deste ano. Para o engenheiro da Coppe/UFRJ Moacyr Duarte, a direção e o tamanho das ondas (que chegavam a dois metros), um relevo chapado que não formava uma barreira e a existência de um muro embaixo da pista foram os motivos do acidente. A água chegava com força e era lançada com muita pressão para cima, atingindo o trecho que acabou caindo.
"Uma combinação de fatores levou à queda da pista: a direção e o tamanho da onda, um relevo mais chapado e, principalmente, a existência de um muro embaixo da pista. Isso fez com que a água chegasse com força, batesse no muro e fosse projetada para a cima. Essa conjunção só existe naquele trecho da pista", afirma Duarte.

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