segunda-feira, agosto 24

Governo anuncia a eliminação de dez ministérios

Oito meses depois de assumir seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff resolveu admitir aquilo que sempre foi óbvio e era necessário há anos: o Brasil não tem necessidade de ter um dos maiores ministérios do planeta, com pastas pouco produtivas, que apenas aumentam os gastos de custeio da inchada máquina pública. Pressionado a tomar parte no aperto fiscal, o Palácio do Planalto anunciou nesta segunda-feira a intenção de cortar dez pastas. Porém, como não informou quais órgãos da administração direta deixarão de existir, é impossível avaliar hoje qual será o impacto da medida no Orçamento da União - e não será surpresa se a redução de cargos resultar em uma medida muito mais política do que efetiva para a saúde financeira.
Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que, com menos ministérios, será possível também reduzir o número de cargos comissionados - hoje, são mais de 20.000 - e de secretarias que integram a estrutura. Barbosa disse que o processo de desidratação vai acontecer até setembro. O objetivo da ação, de acordo com o ministro, é melhorar a "gestão pública". Atualmente, a presidente Dilma Rousseff tem no primeiro escalão do governo 39 cargos com status de ministro - o vice-presidente da República, Michel Temer, acumula a função de articulador político do Palácio do Planalto.

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