Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, fechou no menor patamar desde abril nesta segunda-feira, com os investidores digerindo a vitória da presidente Dilma Rousseff (PT)nas eleições presidenciais. Os negócios foram pautados por incertezas sobre como a petista vai lidar com os desafios na área econômico em seu segundo mandato.
No fim da sessão, a bolsa brasileira fechou em baixa de 2,77%, a 50.503 pontos, após marcar 48.722 pontos no pior momento pela manhã, em queda de 6,20%. O volume do pregão somou 17 bilhões de reais. O resultado negativo foi bem mais ameno do que previa a parcela mais pessimista do mercado, que esperava o acionamento do circuit breaker, mecanismo que interrompe os negócios quando a queda supera os 10%. Nem na mínima da sessão, o Ibovespa chegou perto disso.
"O Ibovespa deve ficar nesse intervalo de 48 mil a 52 mil pontos até que Dilma consiga identificar para o mercado quem estará na Fazenda, se é capaz de dar mais credibilidade (à política econômica), particularmente na parte fiscal", avalia o sócio e fundador da Humaitá Investimentos, Frederico Mesnik.
As ações da Petrobras foram, mais uma vez, o destaque de queda do índice, encerrando o dia com a maior queda desde novembro de 2008 e voltando a preços de março deste ano. Os papéis PN (preferenciais, sem direito a voto) recuaram 12,33%, seguida pelas ações ON (ordinárias, com direito a voto) da Eletrobras (-11,68%), Petrobras ON (-11,34%) e Eletrobras PNB (-9,63%), enquanto BB ON recuou 5,24%.
Os profissionais avaliaram que o forte recuo do Ibovespa no começo da sessão acabou abrindo oportunidades de compra e a opção foi fazer uma alteração nas carteiras, optando por setores defensivos. Além disso, boa parte do ajuste de baixa - prevendo uma vitória de Dilma Rousseff - já havia sido feita na última semana, quando o índice acumulou perda de 6,79%.
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