sábado, novembro 21

Bahia de todos os santos


Esportes Bahia de todos os santosPublicada: 21/11/2009 0:15 Atualizada: 21/11/2009 -1:44
RAPHAEL CARNEIRO
A fé que acompanhou o Bahia desde o dia 1° de janeiro de 1931 vai pintar mais uma vez no Estádio de Pituaçu. Não somente a fé de uma vitória diante do Guarani, às 16 horas de hoje. Tampouco a fé para se livrar do rebaixamento para a Série C do Brasileiro. Mas sim, a fé de que a partida deste sábado encerre o calvário tricolor, que já dura oito anos, e possa dar início a um futuro melhor para a torcida.
Hoje é daqueles dias em que o torcedor do Bahia se veste até a alma. Acorda cedo, estende a bandeira na janela e deixa separada a roupa da sorte. Quem teve a sorte de comprar o ingresso a tempo, pode sair um pouco mais tarde de casa. Já quem vai se arriscar com cambistas, precisa ir cedo para Pituaçu. Afinal de contas, hoje é dia de mais um recorde tricolor.
Dia em que a fé guiará os sentimentos no estádio. É uma partida daquelas para apelar para todos os santos. O torcedor, na arquibancada, vai preparado contra o mal olhado. Os jogadores, cada um na sua religião, se protegerão contra qualquer mal.O objetivo do jogo resume o que foi o ano para o Bahia. Mais uma vez no sufoco, lutando contra o pior. O tricolor precisa vencer o Guarani para não depender de ninguém e escapar da Série C do Brasileiro. Perigo que motivou premiação extra para os jogadores. Tensão que, de acordo com boatos, fará a mala viajar mais uma vez para o Bragantino.
É verdade que a diretoria empossada em dezembro do ano passado não cumpriu nada do que prometeu. No Baiano, vice de novo. A Série B, apontada como objetivo do ano, ficou mais para C do que para A. O ano pode terminar hoje no Fazendão, longe do ideal. Se vencer, a diretoria vai anunciar férias antecipadas para alguns jogadores e iniciar as conversas de renovação. Tudo visando o Campeonato Baiano. A partir daí as promessas voltam a se repetir. Enquanto o alívio não vem, o torcedor caminha para Pituaçu lembrando das dezenas de erros cometidos ao longo do ano. Ingressos mais caros, contratações equivocadas, falta de planejamento. Motivos para vaiar e protestar é que não faltam. Mas hoje, quando a bola rolar em Pituaçu, os jogadores precisarão de apenas uma coisa: incentivo.
Fonte: Tribuna da Bahia

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