sexta-feira, março 6

Lista do petrolão reúne cúpula do Congresso





Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor e Gleisi Hoffmann
CÚPULA – (Da esq. para a dir.) Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor e Gleisi Hoffmann(Agência Brasil/Sergio Lima/Alan Marques/Folhapress)
Depois de uma semana de muita tensão em Brasília, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou na noite desta sexta-feira a temida lista dos políticos que serão investigados por suspeita de envolvimento com o propinoduto que sangrou os cofres da Petrobras. Zavascki determinou a abertura de processos de investigação. São deputados federais, enadores e outras pessoas sem mandato que agora passam a responder inquéritos no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
A temida lista elaborada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot atinge em cheio a base a presidente Dilma Rousseff no Congresso, envolvendo políticos dos três principais partidos governistas: PT, PP, PMDB, além do também aliado senador Fernando Collor, do PTB. As duas principais autoridades do Congresso Nacional integram a lista: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A relação de senadores contém dois importantes ex-ministros do primeiro mandato de Dilma Rousseff: Edison Lobão (PMDB-MA), que comandava a pasta de Minas e Energia, e Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-chefe da Casa Civil.

Com as futuras investigações no STF, o próprio sistema de financiamento eleitoral da campanha de Dilma nas eleições do ano passado fica sob suspeita, já que delações premiadas apontam para o repasse de dinheiro sujo, por meio do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para campanhas políticas petistas.
A maior parte dos indícios contra parlamentares suspeitos de se beneficiarem do assalto à estatal foi recolhida a partir dos depoimentos do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor de Abastecimento da petroleira Paulo Roberto Costa. Os dois fizeram acordos de delação premiada e colaboraram com os investigadores em troca de benefícios judiciais.
Fonte: Revista Veja

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