quinta-feira, maio 19

'O Brasil não pode dar errado novamente', diz Renan

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante sessão ordinária em plenário - 18/05/2016
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), durante sessão ordinária em plenário - 18/05/2016(Moreira Mariz/Ag. Senado)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira que os senadores devem compor nos próximos dias uma comissão para fazer uma espécie de inventários das obras e projetos inacabados do governo Dilma Rousseff e propor soluções para destravar o país. Na iminência de levar à votação o projeto de alteração da meta fiscal para permitir que as contas públicas amarguem inéditos 200 bilhões de reais de déficit, Renan se reuniu com o ministro do Planejamento Romero Jucá para fechar detalhes finais da votação do projeto, que será levado ao plenário do Congresso na próxima terça-feira. O sentimento para garantir a votação e evitar que haja também pedaladas fiscais por parte do governo Michel Temer é o de que, nas palavras de Renan, "o Brasil não pode dar errado novamente".
"É fundamental que o governo tenha rapidamente esse diagnóstico [das contas públicas] para que nós tenhamos um número verdadeiro para reduzir a meta fiscal e para não fazer o que fizemos nas últimas reduções. Nós temos que reduzir, mas com a certeza de que aquela redução é real, é verdadeira, é concreta", ponderou. O caos nas contas deixado pelo governo Dilma Rousseff não se aproxima de forma nenhuma dos cerca de 96 bilhões de reais aventados pelo então ministro da Fazenda Nelson Barbosa. O primeiro panorama da área econômica estimava que o rombo poderia superar 120 bilhões de reais, depois 160 bilhões de reais e agora por volta de 200 bilhões de reais.
Embora tenha se mantido como interlocutor do Palácio do Planalto até instantes antes da votação do afastamento de Dilma Rousseff da Presidência, Renan Calheiros se mantém também como canal de diálogo do governo interino de Temer e articula para que sejam votados projetos de reaquecimento da economia e de reajuste das contas públicas. "Precisamos colaborar com saídas. Não podemos desfazer esse capital político que está sendo acumulado pelo novo governo e precisamos tocar rapidamente uma agenda de mudanças para que o Brasil saia rapidamente dessa situação", disse.

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