Em meio aos ministros do Supremo citados em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, em nota divulgada na última quinta-feira (26), disse achar "normal" integrantes da Corte conversarem com representantes da classe política, mas ressaltou que isso não influencia a imparcialidade do magistrado.
"Faz parte da natureza do Poder Judiciário ser aberto e democrático. Magistrados, entre eles os ministros da Suprema Corte, são obrigados, por dever funcional, a ouvir os diversos atores da sociedade que diariamente acorrem aos fóruns e tribunais", afirmou. "Tal prática não traz nenhum prejuízo à imparcialidade e equidistância dos fatos que os juízes mantém quando proferem seus fotos e decisões", destacou.
Em um dos áudios, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz que estaria construindo um pacto, com participação de integrantes do Supremo, para tentar impedir a continuidade da Operação Lava Jato. Depois da divulgação dos áudios, Jucá deixou o ministério do Planejamento.Diálogos entre Machado, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente José Sarney, também sugeriram articulações para influenciar o relator da Lava Jato na Corte, o ministro Teori Zavascki. Lewandowski foi citado ainda em uma das conversas.
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