Na primeira viagem oficial a um município brasileiro no segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi alvo de vaias e protestos em Campo Grande (MS). Um grupo de cerca de cinquenta pessoas, vestidos com roupas verde e amarelo, pediam o impeachment da presidente e gritavam palavras de ordem contra ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O protesto foi organizado pelo Facebook e ocorreu em uma via próxima ao palanque onde Dilma subiu para discursar. A cerimônia havia sido preparada para a inauguração da primeira unidade do programa Casa da Mulher Brasileira, que atende mulheres vítimas de violência. A presidente subiu no palco acompanhada do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), e das ministras Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal; Kátia Abreu, da Agricultura; e Eleonora Menicucci, de Políticas para Mulheres.
Além de Dilma, a ministra Kátia Abreu também foi vaiada por militantes do Movimento Sem Terra (MST), quando teve o nome anunciado no microfone. O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), presente à solenidade, também ouviu gritos de protesto contra ele.
Em seu pronunciamento, que durou cerca de trinta minutos, a presidente ainda cometeu duas gafes. Chamou o governador Azambuja de prefeito e o Estado, de Mato Grosso, acrescentando o "do Sul" logo em seguida, após reclamações do público. A presidente saiu do local sem falar com os jornalistas.
Esta não foi a primeira que a presidente foi vaiada em Campo Grande. Em outra viagem oficial ocorrida em abril de 2013, Dilma também ouviu gritos de protestos por parte de ruralistas, que reclamavam da demarcação de terras indígenas no Estado.
(Com Estadão Conteúdo)Veja
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