O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou neste sábado, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que todo assunto tratado com o presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro, mais conhecido como Léo Pinheiro, é “contribuição de campanha feita de forma oficial e transparente ao PMDB”.
A declaração ocorre após Folha revelar que a Procuradoria Geral da República (PGR) reuniu indícios de que o vice-presidente, Michel Temer, recebeu R$ 5 milhões da empreiteira. A evidência aparece em troca de mensagens entre Cunha e Pinheiro e é citada em uma das manifestações do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, que deu base à deflagração da Operação Catilinárias na última terça-feira (15).
“Eduardo Cunha cobrou Léo Pinheiro por ter pago, de uma vez, para Michel Temer a quantia de R$ 5 milhões, tendo adiado os compromissos com a ‘turma’”, afirmou Janot, em reprodução feita em documento assinado por Zavascki. Cunha encaminhou à Folha extrato de cinco doações da OAS ao PMDB declaradas à Justiça Eleitoral, que somam R$ 5,2 milhões. A mensagem, porém, faz menção a um repasse feito de uma só vez.