Há um ano a Tribuna esteve no Centro de Saúde Doutor Péricles Esteves Cardoso, no bairro do Barbalho, que devido às precárias condições de higiene e de estrutura, havia suspendido o atendimento médico. De lá pra cá, nada mudou.
“Nós é que estamos fazendo a limpeza e higienização do local, sem ganhar nada a mais por isso. O pessoal contratado para fazer esse serviço está sem trabalhar por conta de salários atrasados. O posto precisa com urgência passar por uma reforma geral. As fiações estão velhas. Os computadores são lentos e demoramos de atender as pessoas para agendamento. Não temos segurança aqui e várias vezes somos ameaçados por conta da lentidão dos computadores. Não tem banheiro aqui para os pacientes e já chegamos a limpar fezes nos corredores. Falta muita coisa para isso aqui mudar e darmos um atendimento de qualidade para os moradores”, queixou-se um funcionário.
Na entrada da unidade, que funciona desde 1999, é notória a estrutura danificada. As paredes estão descascadas e esburacadas, mostrando os ferros que sustentam a estrutura. No chão, os buracos e os desnivelamentos estão à mostra devido à água da chuva. Os canais de esgotos também ficam visíveis e, quando chove, vários cômodos do posto ficam alagados. Os pacientes e funcionários convivem com a precariedade e dividem o local com ratos e baratas. “Como pode um posto de saúde parecer um casarão abandonado e fedido?”, pergunta outro funcionário.
Tribuna da Bahia
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