Os dois grandes bancos públicos de varejo do país iniciaram em 2012 um processo de redução das taxas de juros determinado pelo seu controlador, o governo — e, remando contra a maré, aceleraram fortemente a concessão de crédito. O resultado dessa equação, segundo muitos analistas, era o aumento da inadimplência, o que até agora não apareceu. O lucro também vai bem, com crescimento em relação ao desempenho de 2011.
Tanto Banco do Brasil (BB) como a Caixa Econômica Federal mantiveram no ano passado os atrasos superiores a 90 dias nas operações de crédito em níveis abaixo da média do sistema financeiro. E mesmo que a estratégia de redução dos spreads — diferença entre o custo de captação e o juro efetivamente cobrado dos clientes — iniciada em abril tenha reduzido as margens, essa queda vem sendocompensada pelo aumento do volume das operações.
O presidente do BB, Aldemir Bendine, lembrou que a instituição nos últimos cinco anos entregou bons resultados. “Crítica a gente responde com resultado. Elevamos o crédito com seletividade, baixamos os níveis de inadimplência e temos um bom nível de provisões”, disse ontem em entrevista a jornalistas.
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