BahiaProdutores baianos só têm cacto queimado para alimentar o gadoporPedro Oliveira/ Sucursal Regional do Sisal em CoitéPublicada em 11/04/2013 01:31:47O fogo que mata e queima é também o fogo que ajuda alimentar os animais castigados pela seca, com a queima dos espinhos do xiquexique, cacto comum na região sisaleira.
O município de Nova Fátima, que já teve um rebanho bovino superior a 12 mil animais e uma produção de leite acima de 25 mil litros/dia, hoje está restrita a 4 mil.
Outro fator preocupante é o êxodo urbano e rural, provocado pela saída de jovens em busca de trabalho em outros estados, o que tem causado um colapso sem precedência à economia local, por causa dos efeitos da estiagem que se abate sobre a área há quase três anos. Nova Fátima conta com 1.400 pessoas cadastradas na Bolsa Família e sete carros-pipa do Exército no abastecimento de 19 comunidades.
“O município está arrasado: motores parados, sisal dizimado, rebanho bovino reduzido em 40% e não há água e pastagens. Seria muito bom se conseguíssemos alguma obra para que pudéssemos empregar as pessoas que não tem o que fazer na roça. Estou de cabeça quente e perdido sem saber o que fazer. A administração está praticamente parada nesses primeiros 100 dias de mandato. Dos oito mil habitantes do município, na sede tem 5 mil morando em Nova Fátima. A base econômica está restrita ao funcionalismo municipal, estado, aposentados e Bolsa Família. Nova Fátima está se tornando uma cidade de velhos e “fantasma”, por conta da saída dos jovens que estão fugindo para São Paulo, Fortaleza, Mato Grosso (colheita de cana), Salvador e Camaçari, em busca de trabalho e os que estão ficando aqui, são as mulheres e os velhos”, relatou à Tribuna o prefeito Amado Moreira da Cunha (PR).
Tribuna da Bahia
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