terça-feira, agosto 26

Assédio eleitoral: votos no interior variam entre R$ 20 e R$ 100, no Recôncavo e mais barato

ormações do Bahia Notícias | Política
“O mercado está inflacionado”. A reclamação vem de um candidato a deputado, que prefere o anonimato. Segundo ele, o valor mínimo pago por um voto é R$ 20, porém, na maioria dos casos, a média está entre R$ 80 e R$ 100. “Depende da cidade e de qual liderança está vendendo”, afirma. Ele, que preferiu tirar a tropa de apoiadores de alguns municípios, lista os piores locais. “O sul da Bahia está um terror. 
É a região mais complicada. Coaraci é um absurdo. E a região de Campo Formoso também está terrível”, pontua. Segundo ele, áreas como o Recôncavo e Irecê, por exemplo, estão menos caras. “Quem tem ou teve prefeitura nas mãos está gastando muito. Os empresários que são candidatos também", completa. Para outro postulante a parlamentar, que estreia nas urnas, as tentativas de coerção assustam. “Tem a galera que é direta. Que diz 'fui candidato a tal coisa e tenho X votos. Se você quiser eu trabalho para você e o percentual é em cima disso'.
 Se trabalha só para o estadual é esse valor, se incluir o federal, racha”, revela. O valor cobrado, segundo o novato, é entre R$ 50 e R$ 75 – nos bastidores, a lei de “quem paga mais leva os votos” é padrão.
“A tradição era que prefeito não pedisse nada. Agora, eles dizem que não querem nada, mas dizem que os vereadores precisam ser ajudados. A oposição das cidades sempre quer, principalmente se for ex-prefeito”, relata a fonte ouvida pelo Bahia Notícias. Além daqueles que detêm o controle de prefeituras e de empresários, outra fonte de recursos para a campanha é institucionalizada.
 

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