Diz um provérbio sul-africano que quando um grande homem morre, ele não vai sozinho. Significa que a morte de alguém importante carrega com ela outras almas que servem de "travesseiro" para a passagem e que o protegem. Se assim for, Nelson Mandela levou com ele o espírito de toda uma nação – e de boa parte do planeta.
Com uma história de vida que virou filme, livro e exemplo, Mandela conseguiu unir uma nação dividida entre brancos e negros e fazer os sul-africanos acreditarem que poderiam ganhar o jogo – e assim construir um país melhor. A impressão que se tem, observando as despedidas para Mandela nas ruas, é que, pelo menos para a África do Sul, vale a letra de uma das canções mais entoadas nesses últimos dez dias de homenagens: "não há ninguém como ele".
Desde o dia 5, quando o líder morreu, aos 95 anos, o país lamenta a perda celebrando a vida. O nome de Mandela aparece entre as afinadas cantorias pelas ruas, em fotos e quadros exibidos em lojas e hotéis, estampado em camisetas, faixas e outdoors de Johanesburgo e de Pretória
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