18 de Nov // Foto: Fabio Pozzebom/ Agência Brasil | Saúde
A Associação Médica Brasileira (AMB) chamou de retaliação a decisão do governo de Cuba de retirar do Brasil os médicos cubanos que participam do Programa Mais Médicos. Em nota no sábado (17), a AMB afirmou que o governo brasileiro transferiu “de forma temerária” para Cuba parte da responsabilidade pelo atendimento na atenção básica e que isso deixou o Brasil “submisso aos humores” do governo de outro país.
“Os impactos negativos previstos são os que estamos comprovando agora”, disse a nota. No comunicado, a AMB afirmou que o programa foi criado a partir de uma premissa equivocada: a de que não havia médicos em número suficiente no Brasil. O que não existe, segundo a entidade, são políticas públicas que atraiam e fixem esses profissionais nos municípios.
“O governo brasileiro acabou lançando mão de importação de mão de obra, trazida numa condição análoga à escravidão: obrigada a abrir mão de mais de 70% do que o Brasil desembolsava e alocada independentemente das condições de trabalho existentes”, lembrou a Associação Médica. De acordo com a nota, para resolver o problema definitivamente, é preciso criar uma carreira médica de Estado segundo informações da Agência Brasil. Infosaj
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