quarta-feira, junho 8

Placa de inauguração resume situação política de Dilma Rousseff: preside, mas não governa


No último domingo (5), o governador Rui Costa (PT) inaugurou a duplicação da Avenida Orlando Gomes em Salvador, cuja parcela dos recursos teve origem no governo federal. No ato, como de praxe, houve o descerramento da placa da obra, com o nome dos gestores que contribuíram com o projeto e, no topo, aparece o nome da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).
Não há nada de ilegal ou imoral no ato. Seria até esperado que a presidente afastada ainda mantivesse o nome em placas de obras cujo planejamento e boa parte da execução tenham sido executados antes da saída – ainda que temporária – de Dilma do Palácio do Planalto.

Porém, no contexto em que o Brasil convive com dois presidentes, um interino e em exercício e outra afastada, a placa com o nome de Dilma carrega um simbolismo emblemático para quem a vê. O governo de Rui Costa prefere reconhecer a presidente afastada Dilma Rousseff à interinidade de Michel Temer (PMDB) no Palácio do Planalto, ao menos em inaugurações realizadas no interstício entre a saída temporária da correligionária e a votação definitiva pelo Senado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário