Rodoviários e empresários se encontram em nova reunião nesta quarta-feira (14), na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), para retomar as negociações e tentar sair do impasse que impede um acordo. Segundo Daniel Mota, diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, a expectativa é de que os patrões recuem e façam uma proposta.
"Os empresários não colocaram nenhuma contraproposta, na verdade. Vamos ver se amanhã surge uma luz no fim do túnel", diz. Os patrões insistiram em só negociar se os rodoviários concordassem em aceitar inicialmente o reajuste salarial. "Só topavam continuar discutindo se aceitasse a majoração do salário e mais nada. E não falaram nem quanto era o valor (do novo salário"", explica Mota.
Para o Setps, só é possível pensar em novas pautas a partir do momento que o salário for discutido, já que todos os aumentos reivindicados - ainda ticket alimentação, plano de saúde e percentual de penosidade - representaria um aumento expressivo para os empresários da categoria.
Mota diz, no entanto, que um dos pontos mais importantes para os rodoviários é o da jornada de trabalho - eles pedem o fim da hora fracionada e redução da jornada para 6h. "Hoje o rodoviário não tem condição humana e psicológica de trabalhar. Essa jornada com descanso, com a cidade do jeito que está, não funciona. Com terminal obsoleto, sem estrutura, sem banheiro, sem água potável, é uma tortura. Melhor não ter esse descanso e ir para casa", diz. "Não é mais gratificante dirigir ônibus em Salvador", finaliza.
Além da reunião marcada para esta quarta, os rodoviários já têm agendadas para a quinta-feira duas assembleias da categoria, uma pela manhã e outra à tarde, na sede do Sinergia, no Aquidabã.
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