Da Redação
Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato é o único dos 12 réus do mensalão, com mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que não se encontra sob a custódia da Polícia Federal. Ele fugiu para a Itália. Pizzolato, que tem dupla nacionalidade – brasileira e italiana – estaria, segundo informações de sua família, há 45 dias na Itália.
O advogado de Pizzolatto, Marthius Lobato, divulgou uma carta do réu, em que ele afirma que o julgamento a que foi submetido tem “caráter de exceção e motivações político-eleitoral”. Pizzolatto, condenado a 12 aos e sete meses de prisão, diz ainda: “por não vislumbrar a minha chance de ter um julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente, fazer valer meu legítimo direito de liberdade para ter um novo julgamento, na Itália, em um tribunal que não se submete às imposições da mídia empresarial, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália”.
Na carta, o ex-diretor de Marketing do BB ainda critica a imprensa e destaque que ao decidir-se pela fuga levou em conta o que considerou “conduta agressiva” da Justiça, por não permitir que fosse julgado por uma corte diferente. Diz ele: “Minha decepção com a conduta agressiva daquele que deveria pugnar pela mais exemplar isenção, é hoje motivo de repulsa por todos que passaram a conhecer o impedimento que preconiza a Corte Interamericana de Direitos Humanos ao estabelecer a vedação de que um mesmo juiz atue em todas as fases do processo, a investigação, a aceitação e o julgamento, posto a influência negativa que contamina a postura daquele que julgará.
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